Existe uma “piadinha” frequente no meio médico que o Dermatologista se forma “só para passar creme”. Mas a Dermatologia é, na verdade, o estudo do maior órgão do corpo humano e a especialidade médica com o maior número de doenças catalogadas.
A Dermatologia é um universo. E foi por esse universo tão rico que eu me encantei e me encanto diariamente.
Eu sou Taynara, médica dermatologista com foco em tricologia, e quero contar um pouco para vocês de quem eu sou e em quê eu acredito.
Escolher Medicina foi fácil para mim. Eu decidi ser médica aos 13 anos e foquei nisso desde então. Ninguém na minha família é médico, não tinha uma inspiração para seguir, mas tinha esse desejo forte. Tão forte que sempre nas viagens em família havia um ritual: ao passar pela UFRJ na Ilha do Fundão, eu via a universidade e o hospital universitário e falava dentro do carro: “Eu vou estudar aí.”
Era um pouco de pedido e um pouco de manifestação, mas foi assim que aconteceu: passei no meu primeiro vestibular para Medicina.
Durante a faculdade, tive um amor à primeira vista com a Dermatologia: aquele universo tão rico de doenças que eu ainda nunca tinha nem ouvido falar me encantou. Mas a minha história com a Dermatologia já foi mais de filme ou novela, e demoramos a ter nosso final feliz. Somente depois de formada, e depois de ter deixado uma outra especialização, trabalhado em diversas áreas; é que eu reencontrei a minha amada Dermatologia. E tive certeza de que aquele era o caminho para mim.
Como médica, eu diariamente vivo seguindo a frase de Hipócrates, o pai da Medicina: “Curar quando possível; aliviar quando necessário; consolar sempre”.
Na Dermatologia, encontro a possibilidade de transformar a vida (e a qualidade dela) dos meus pacientes, mesmo naqueles com doenças crônicas, justamente seguindo essa máxima.
Na Tricologia, em que tantas vezes o sofrimento interno do paciente é até maior que sua doença e que tantos ao redor julgam dizendo “É só cabelo”; eu sou aquela que diz “Nunca é só cabelo.”
Costumo dizer aos meus pacientes que, a partir do momento em que chegam até mim, somos um time: estaremos juntos em cada etapa e que eu estou ali sempre ao lado nessa caminhada. Não é fácil ter um diagnóstico de alopecia, mas eu quero que meus pacientes vivam plenamente, com qualidade de vida e que tratar o cabelo seja só mais um ponto da rotina. Que não seja um fardo, que seja um momento de cuidado. E que não há solidão nessa caminhada, pois somos um time.